Enxergar as coisas como verdadeiramente
são
Adriana Assunção
Continuamente imaginamos que tudo pode
ter um padrão perfeito e igualmente concebido a nosso modo, que podemos
aperfeiçoar as coisas e as pessoas de acordo com a nossa visão pessoal, criando
expectativas próprias que não estão ao alcance dos outros e, muitas vezes,
sofremos por não conseguirmos os objetivos idealizados. Esse fato é tedioso nas
famílias, nas amizades e frequente no processo ensino aprendizagem.
Ressalta-se, no entanto, que, com as inovações
e a quebra de paradigmas originados pela Politica Nacional da Educação Especial
na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), o Atendimento Educacional
Especializado – AEE, um serviço da educação especial, oferece uma nova
concepção de que as condições para o sucesso é provável, através da
identificação, elaboração e organização de recursos pedagógicos e de
acessibilidade, com o intuito de suprimir os obstáculos para a plena
participação dos alunos, considerando suas necessidades especiais. Deste modo, motiva-nos
a refletir que não existem amostras idênticas e que todos se igualam pelas suas
diferenças.
Portanto, a inclusão rompe esses
modelos que sustentavam os sistemas educacionais e sociais fazendo cogitar que
precisamos contemplar as pessoas como verdadeiramente são com suas limitações e
suas potencialidades para não criamos expectativas nossas, pois cada ser humano
é único e precisa ser respeitado e aceito perante aos obstáculos vivenciados e
ser estimulado a evoluir nos seus processos mentais, na participação, na
independência e autonomia, apreciando o direito de se desenvolver a seu tempo
que é nato de cada um.